Quando eu leio, eu mergulho. A atmosfera do livro se torna a minha, em certo modo, eu quase respiro o ar do lugar. Sabe quando o estilo de escrita faz isso com maestria? Esse é o caso da Sra. L.M. Montgomery, autora dos livros de Anne que viraram séries, filmes e até anime (sim, é lindo, está disponível no Youtube!)

Recentemente, comprei um box belíssimo da sequência de Anne de Green Gables, e fui mais uma vez transportada para o universo romântico e bucólico da mais inconformada das ruivas.

         

A forma como Anne Shirley enxerga a vida, sua doçura, resiliência, imaginação e otimismo nos fazem querer ser um pouco como ela — especialmente em um mundo tão turbulento.
Fazendo o que faço, é impossível não pensar: E se eu pudesse levar essa essência para o dia a dia? E se eu pudesse vestir um pouco de Anne?

A moda no mundo de Anne Shirley

A história de Anne se passa, em grande parte, na fictícia Ilha do Príncipe Eduardo, no Canadá, entre 1876 e 1881. Na época, a moda canadense era fortemente influenciada pelo estilo vitoriano inglês, já que o país fazia parte do Império Britânico.

No entanto, no campo, as roupas eram mais práticas do que os trajes sofisticados das grandes cidades. As mulheres usavam vestidos modestos longos de linho ou algodão (também conjuntos de camisa e saia) com mangas levemente bufantes, saias comm bastante tecido e bolsos funcionais. Muitas vezes, o visual era complementado por um avental (desses que vemos no cottagecore ou farmcore, sabe?), preso com alfinetes ou amarrado na cintura — afinal, colher maçãs para um bolo poderia significar um vestido sujo de terra e farinha.

 

   

A inspiração para o vestido Artemísia

Foi imaginando esse universo simples e encantador que nasceu o vestido Artemísia. Queria algo que trouxesse a leveza e o romantismo do século XIX, mas que também fosse prático e confortável para os dias de hoje.

O vestido Artemísia tem saia franzida, mangas levemente bufantes, com um decote mais alto. Esses são detalhes sutis que remetem à estética campestre da época, e dão um encanto atemporal que combina com quem ama histórias clássicas e visuais delicados. Mas, mais do que isso, ele me lembra de ser um pouco Anne nos momentos difíceis, de olhar ao redor e encontrar beleza nas pequenas coisas.

Porque há sempre mais para se ver e lembrar do que apenas as más circunstâncias do dia.

Eu gostaria que você também pudesse se vestir como Anne Shirley e levar um pouco dessa história consigo.